"a", prefixo de negação
"gosto", sabor, deleite, gozo, prazer, satisfação
O resto subentende-se
apalavreado
adj.m. 1.aquele que não consegue descrever com palavras, 2. eu, 3. você, 4. os humanos em geral
domingo, 31 de agosto de 2008
sábado, 30 de agosto de 2008
Desabafo
Como a chuva, minhas lágrimas caem... Comparação boba e clichê para uma tristeza que pensei que nunca fosse sentir.
Finda agosto e com ele toda e qualquer esperança... Longo mês... Cachorro doido, com certeza... Mas ele acaba... Em algum momento haveria de acabar (e nada mais propício para esse encerramento que a prova do ENEM).
A cabeça de todos parece ter enlouquecido... Se não pelas profissões, por outro motivo qualquer... Queria voltar para o primeiro ano, mas ao mesmo tempo nunca agradeci tanto por um ano novo... Esse ano tão diferente e tão cheio de emoções... As novas e as mesmas e antigas agonias...E as alegrias, que por serem um pouco mais raras, são eternizadas na memória!
A vontade repentina de chorar, mesmo sem ter motivo algum e abraçar um amigo pelo simples fato de se sentir bem com isso. Quando eu me lembrar disso é que vou lembrar desse ano. Quando eu me lembrar das mensagens que recebi à meia-noite de amigos que estavam preocupados ou de amigos que não conseguiam dormir. Quando eu lembrar de toda a ajuda que vocês me deram eu me lembrarei desse ano.
E não que o primeiro e o segundo ano tenham sido melhores ou piores que este... Foram apenas diferentes. Estou mais madura e ao mesmo tempo me sinto tão Peter Pan. Nem um pouco a fim de crescer! E a minha Terra do Nunca, estranhamente, é o Etapa.
Finda agosto e com ele toda e qualquer esperança... Longo mês... Cachorro doido, com certeza... Mas ele acaba... Em algum momento haveria de acabar (e nada mais propício para esse encerramento que a prova do ENEM).
A cabeça de todos parece ter enlouquecido... Se não pelas profissões, por outro motivo qualquer... Queria voltar para o primeiro ano, mas ao mesmo tempo nunca agradeci tanto por um ano novo... Esse ano tão diferente e tão cheio de emoções... As novas e as mesmas e antigas agonias...E as alegrias, que por serem um pouco mais raras, são eternizadas na memória!
A vontade repentina de chorar, mesmo sem ter motivo algum e abraçar um amigo pelo simples fato de se sentir bem com isso. Quando eu me lembrar disso é que vou lembrar desse ano. Quando eu me lembrar das mensagens que recebi à meia-noite de amigos que estavam preocupados ou de amigos que não conseguiam dormir. Quando eu lembrar de toda a ajuda que vocês me deram eu me lembrarei desse ano.
E não que o primeiro e o segundo ano tenham sido melhores ou piores que este... Foram apenas diferentes. Estou mais madura e ao mesmo tempo me sinto tão Peter Pan. Nem um pouco a fim de crescer! E a minha Terra do Nunca, estranhamente, é o Etapa.
quarta-feira, 27 de agosto de 2008
Terceira Série
Sete horas. Horário de ir para o colégio.
Sua cabeça ainda latejando pensava: último ano de tortura... Mas seria capaz? Capaz de dissimular e suportar as perguntas e, pior, os olhares acusadores de seus colegas? Seu estômago ainda embrulhado...
Cogitou não ir para a aula, mas isso tornaria tudo tão mais óbvio... Com os olhos inchados e as marcas ainda no seu rosto contemplou a escola sob o calor do sol.
Cruzou a porta e uma mão fria pousou sobre seu ombro. Faltou-lhe coragem para ver quem era, apenas sentiu a pessoa se aproximar e dizer em seu ouvido palavras de amor. Virou-se assustado e contemplou o rosto que jurara nunca mais ver.
Os olhos nem verdes e nem azuis da garota e seu nariz arrebitado... Olhou para ela e virou a cabeça como um simples ato de despreso.
Escureceu como amanheceu e o espírito da moça ainda era vivo na sua lembrança
Sua cabeça ainda latejando pensava: último ano de tortura... Mas seria capaz? Capaz de dissimular e suportar as perguntas e, pior, os olhares acusadores de seus colegas? Seu estômago ainda embrulhado...
Cogitou não ir para a aula, mas isso tornaria tudo tão mais óbvio... Com os olhos inchados e as marcas ainda no seu rosto contemplou a escola sob o calor do sol.
Cruzou a porta e uma mão fria pousou sobre seu ombro. Faltou-lhe coragem para ver quem era, apenas sentiu a pessoa se aproximar e dizer em seu ouvido palavras de amor. Virou-se assustado e contemplou o rosto que jurara nunca mais ver.
Os olhos nem verdes e nem azuis da garota e seu nariz arrebitado... Olhou para ela e virou a cabeça como um simples ato de despreso.
Escureceu como amanheceu e o espírito da moça ainda era vivo na sua lembrança
sábado, 23 de agosto de 2008
Poema enjoadinho
Surgiu como um clarão
Esse começo obviamente não é meu
Assim como este outro
É de Carlos Drummond
Ah esse grande mundo!
Permita-me segurar sua mão
E por apenas um segundo
Sentirei que você está ao meu lado
Mesmo que isso seja ilusão
Um arrepio, um calor
Um olhar, um brilho: um raio solar
Uma gota de chuva,
Uma lágrima e então
Eu acordo e vejo que nada existiu
Ah doce ilusão!
Há quanto tempo não dizia isso?
Ser realista é tão bom!
Os modernistas que me perdoem
Mas ninguém ironiza como o Machadão
Esse começo obviamente não é meu
Assim como este outro
É de Carlos Drummond
Ah esse grande mundo!
Permita-me segurar sua mão
E por apenas um segundo
Sentirei que você está ao meu lado
Mesmo que isso seja ilusão
Um arrepio, um calor
Um olhar, um brilho: um raio solar
Uma gota de chuva,
Uma lágrima e então
Eu acordo e vejo que nada existiu
Ah doce ilusão!
Há quanto tempo não dizia isso?
Ser realista é tão bom!
Os modernistas que me perdoem
Mas ninguém ironiza como o Machadão
sexta-feira, 22 de agosto de 2008
Sociedade Alternativa
O tempo fechou.
O sol sumira há mais de duas horas. Ainda era dia, é claro... As lojas ainda estavam abertas... Nessa sociedade capitalista o tempo é medido pela abertura das lojas...
A roupa estava sendo tirada do manequim... Uma moça pára em frente à ele... O observa por um tempo e diz:
- Que pernas lindas! Quero comprá-las!
- Moça, o manequim não está à venda...
- Mas essas são as pernas que eu sempre sonhei
- Sugiro que procure um cirurgião plástico
- São as pernas que eu idealizei que levariam a minha vida
- Talvez um psicólogo, no seu caso, seja melhor...
O sol sumira há mais de duas horas. Ainda era dia, é claro... As lojas ainda estavam abertas... Nessa sociedade capitalista o tempo é medido pela abertura das lojas...
A roupa estava sendo tirada do manequim... Uma moça pára em frente à ele... O observa por um tempo e diz:
- Que pernas lindas! Quero comprá-las!
- Moça, o manequim não está à venda...
- Mas essas são as pernas que eu sempre sonhei
- Sugiro que procure um cirurgião plástico
- São as pernas que eu idealizei que levariam a minha vida
- Talvez um psicólogo, no seu caso, seja melhor...
sábado, 16 de agosto de 2008
Mas este capítulo não é sério
Vento no rosto e sorrisos. Risadas (gostosas e as apenas comestíveis).
Abraços. Um bêbado. Uma equilibrista. The show must go on.
Alegria. Aula de química? Surreal. Alice? Cortem as cabeças! Café. Chocolate! Pão de queijo! Eu?
Revolta. Revolução! Música! Cantarolando! Pessoas gritando na rua. Pessoas cantando no café. No café? Dentro do chocolate frio? Através do espelho? Tensão.
Mas esse capítulo não é sério.
Olhando pro teto percebo que se cada dia da minha vida fosse um capítulo... Nossa! Que enorme! Que lindo! Queria poder escrever algum dia um capítulo sério.
Abraços. Um bêbado. Uma equilibrista. The show must go on.
Alegria. Aula de química? Surreal. Alice? Cortem as cabeças! Café. Chocolate! Pão de queijo! Eu?
Revolta. Revolução! Música! Cantarolando! Pessoas gritando na rua. Pessoas cantando no café. No café? Dentro do chocolate frio? Através do espelho? Tensão.
Mas esse capítulo não é sério.
Olhando pro teto percebo que se cada dia da minha vida fosse um capítulo... Nossa! Que enorme! Que lindo! Queria poder escrever algum dia um capítulo sério.
sábado, 9 de agosto de 2008
Frio
Meus olhos doem com a claridade repentina da manhã... A janela ficara aberta e o vento gélido entrava e uivava nos meus ouvidos.
Deitado eu observava o teto que, repentinamente, se tornara mais interessante que qualquer coisa que se passava pela minha mente. Talvez não mais interessante, mas bem menos assustador.
Não sei o que eu pensava, mas não me agradava nenhum pouco... E foi então que uma luz repentina fez meus olhos arderem.
Levantei-me e encostei meus pés no chão frio. Tão frio quanto meu coração. Que estúpido! Mas não deixa de ser verdade... Sentia meu sangue congelado... Sentia que se caísse me quebraria em muitos pedaços. Sentia-me fraco, frágil, inútil. E se quebrado ficasse, quem se daria ao trabalho de juntar-me todo? De montar o meu quebra-cabeça?
Deixei o vento pentear meu cabelo e fiquei a observar o infinito... Queria parar esse momento. E como não consegui sai para continuar com aquela maldita vida e sua rotina bendita.
Deitado eu observava o teto que, repentinamente, se tornara mais interessante que qualquer coisa que se passava pela minha mente. Talvez não mais interessante, mas bem menos assustador.
Não sei o que eu pensava, mas não me agradava nenhum pouco... E foi então que uma luz repentina fez meus olhos arderem.
Levantei-me e encostei meus pés no chão frio. Tão frio quanto meu coração. Que estúpido! Mas não deixa de ser verdade... Sentia meu sangue congelado... Sentia que se caísse me quebraria em muitos pedaços. Sentia-me fraco, frágil, inútil. E se quebrado ficasse, quem se daria ao trabalho de juntar-me todo? De montar o meu quebra-cabeça?
Deixei o vento pentear meu cabelo e fiquei a observar o infinito... Queria parar esse momento. E como não consegui sai para continuar com aquela maldita vida e sua rotina bendita.
terça-feira, 5 de agosto de 2008
Magia
Um coelho branco saiu de dentro da cartola.
Não tocava nenhuma música do Cartola, mas o silêncio era a mais bela poesia.
Com um passe de mágica o coelho desapareceu e onde antes estavam seus olhos vermelhos cresceu o fogo do inferno.
A magia se esgotou, só me resta a meditação... Ou não.
Não tocava nenhuma música do Cartola, mas o silêncio era a mais bela poesia.
Com um passe de mágica o coelho desapareceu e onde antes estavam seus olhos vermelhos cresceu o fogo do inferno.
A magia se esgotou, só me resta a meditação... Ou não.
domingo, 3 de agosto de 2008
Romeu?
(para a minha maninha: um texto pseudo-romântico... prometo fazer um mas decente depois mas enquanto isso, vai esse)
- Ó meu, ó meu! Onde estás, ó meu?
-Uma voz! A lua se esconde para que eu não possa ser visto! Lá está a luz da minha vida! Na sacada de seu quarto... Seu olhar perdido e o mundo aos seus pés. Seus olhos iluminados pela tristeza e angústia. Tamanhas que o quintal ilumina-se através deles.
- Ó meu, ó meu! Onde estás?
- Ela me chama! Chama por seu amor! Seria este eu? Quem dera fosse! Aqui estou, todo seu!
- O que? Escuto algo? Alguém me ouve nessa escuridão? Nesta noite sem luar e aparentemente sem vida? Alguém ou alguma coisa escuta meus lamentos?
- Oh! Ela não pode me ver! Como pode não me ver com esses olhos magníficos?
- Quem está ai? Ou o que. Não sei, não me importa, apenas me responda! Estou sentido falta de algo que nunca tive!
- Que olhar! Que voz!
- Não fala mais comigo ó criatura da noite? Vou-me embora então!
- Não!
- Ouço algo novamente?
- Não vá! Se você for eu caio em completa escuridão e perco-me! Com você a olhar para o infinito eu sinto vida dentro de mim!
- Ó meu, ó meu! Onde estás, ó meu?
-Uma voz! A lua se esconde para que eu não possa ser visto! Lá está a luz da minha vida! Na sacada de seu quarto... Seu olhar perdido e o mundo aos seus pés. Seus olhos iluminados pela tristeza e angústia. Tamanhas que o quintal ilumina-se através deles.
- Ó meu, ó meu! Onde estás?
- Ela me chama! Chama por seu amor! Seria este eu? Quem dera fosse! Aqui estou, todo seu!
- O que? Escuto algo? Alguém me ouve nessa escuridão? Nesta noite sem luar e aparentemente sem vida? Alguém ou alguma coisa escuta meus lamentos?
- Oh! Ela não pode me ver! Como pode não me ver com esses olhos magníficos?
- Quem está ai? Ou o que. Não sei, não me importa, apenas me responda! Estou sentido falta de algo que nunca tive!
- Que olhar! Que voz!
- Não fala mais comigo ó criatura da noite? Vou-me embora então!
- Não!
- Ouço algo novamente?
- Não vá! Se você for eu caio em completa escuridão e perco-me! Com você a olhar para o infinito eu sinto vida dentro de mim!
sábado, 2 de agosto de 2008
Imagine
Sentei naquela cadeira e abri um livro...
Um vento repentino levou meu cabelo... Eu não estava mais onde estive... Um mundo novo se abriu em minha mente com aquele leve sussurrar de vento na minha cabeça. Crianças correndo? Não vejo nenhuma... Só escuto passos leves das musas... Imaginação fértil?
(eu juro que tinha imaginação)
Um vento repentino levou meu cabelo... Eu não estava mais onde estive... Um mundo novo se abriu em minha mente com aquele leve sussurrar de vento na minha cabeça. Crianças correndo? Não vejo nenhuma... Só escuto passos leves das musas... Imaginação fértil?
(eu juro que tinha imaginação)
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