Criava na sua mente as situações mais embaraçosas e às vezes chegava a confessar a si mesmo que só piorava as coisas agindo assim... Mas nem por isso parava de agir assim.
Imaginava diálogos com as pessoas que teve algum tipo de problema, imaginava longos textos para escrever quando chegasse em casa (e nunca o fazia), imaginava obras geniais... Ele podia ser um grande artista... Se não fosse sua mania de piorar tudo e sua enorme preguiça...
Imaginava altas cenas... De brigas, confusões, amor, ódio, discussões, sexo, de tudo... E acabava esquecendo de viver...
Um dia, enquanto descia a rua ouviu o barulho de um escapamento de uma moto. Caiu no chão desesperado, se contorcendo de dor. E morreu achando que tivesse sido atingido por um tiro.