apalavreado

adj.m. 1.aquele que não consegue descrever com palavras, 2. eu, 3. você, 4. os humanos em geral

domingo, 26 de agosto de 2007

Da escravidão à globalização

A escravidão acabou e a globalização já começou. Não há mais algo que possa separar o ocidente do oriente afinal, a cultura é um mero acidente. O Iluminismo, corrente filosófica do século XVIII, dizia que todos os homens, independentemente de sua raça, religião e opinião política, são iguais e devem ser respeitados sem nenhum tipo de preconceito.
O preconceito, especialmente o racial, ainda está presente nos dias de hoje. O nazismo e o fascismo trouxeram-no à tona no século XX. Estas ideologias pregavam a superioridade das pessoas de pele clara e cristãs. Ainda não havia sido possível apagar todas as marcas deixadas pelos anos de escravidão e ficou mais difícil fazê-lo após a segunda guerra mundial.
faz muito tempo que o trabalho escravo não existe e, mesmo assim, parece complicado aceitar o outro a sua maneira. São vários outros fatores, além desse que causaram o que é chamado de xenofobia (medo daquilo que é diferente). Com a globalização, isso deveria acabar e, de fato, as pessoas aceitam melhor a diversidade cultural.
Hoje, não existe muito o que distingue o oriente do ocidente, além do significado dessas palavras. A língua, como a cultura de um povo é acidental, já que ninguém as escolhe. Assim como o sol forma um ciclo contínuo ao nascer e se pôr, a cultura desses extremos devem dar e receber diferenças que as valorizem.
"Liberdade, igualdade e fraternidade" é o lema da Revolução Francesa da época do Iluminismo. Para que isso se torne possível, porém, é preciso que haja respeito. As diferenças são importantes para que a sociedade desenvolva artistas, pensadores e cientistas. Se todos eles tivessem o mesmo raciocínio e não houvesse discordância, estes não existiriam já que eles são os formadores de opinião.
A convivência com tantas diferenças não é complicada quando há respeito. A globalização torna tudo mais simples e as opiniões são realmente importantes para tornar o mundo um lugar mais unido. O nazismo foi uma ideologia que colocou muito a perder, mas agora tudo está sendo recuperado.


Redação do ENEM, com alterações na conclusão que ainda assim, ta uma porcaria.

quarta-feira, 22 de agosto de 2007

Desisto

“Hoje eu vou inventar
O antitelejornal
Pra passar só o que é belo
Pra passar o essencial”
(“Antitelejornal”-Skank)


Cansei.
É só tragédia, horror, exploração e escândalo.
Cansei.
Quero a alegria da minha vida. Aquela alegria infantil que costumava sentir...
Quero-a de volta!
Não, eu não quero revolução... Não é nada disso... Só quero de volta o que me foi tirado...
Às vezes acho que a alienação é um bom caminho para reconquistá-la...
Não quero mais saber de nada! Não quero ver um político nos xingando. Não quero mais ver nada.
Quero ser feliz.
Quero ligar a televisão e ver Padrinhos Mágicos pensando que tudo um dia poderá ser resolvido com um pedido.
Eu quero ver só o que o mundo tem de bom!
Quero saber quem nasceu e não quem morreu! Quero ver aquela família que se ama e não aquela que se destruiu! Quero ver o avião que decolou e pousou sem nenhum problema não o que se chocou com o prédio da TAM! Quero ver a felicidade não a angústia ou o sofrimento!
Eu quero a minha alegria de volta!

quarta-feira, 15 de agosto de 2007

Acordar

Sempre sonhei
Com a paz
E com a alegria.
Cheguei a acreditar
Na harmonia

Mas de repente
O sonho acabou
E a vida estancou

E eu segui sempre
Sempre pensando assim:

A vida acaba
O sonho acaba
A carne acaba
O que é eterno?

Nosso amor não é.
Nosso sonho não é.
Nossa vida não é.
Nada é.

Mas ainda sonho.
Ainda amo
E ainda sinto.

Só sonhei
Pra te esquecer
Só chorei
Para lembrar
Que ainda posso amar.
Respondendo ao anônimo: eu queria fazer uma crítica ao romantismo... Já que o personagem acaba se frustrando pela idealização de uma mulher...

segunda-feira, 13 de agosto de 2007

Romantismo

O silêncio impregnava o lugar
O desconforto era evidente.
Mas com um sorriso, o ruído inexistente.
Virara música e de repente,
Virara paixão:
A dança quieta do casal...
“Sede feliz com ela”
Enquanto, eu...
Fico preso naquele varal
E trabalho, trabalho...
Puxando a carroça da vida
Sem música nem sorriso
Sem sonhos nem platonismo...

Vida cruel! Queria jogar-me desta ponte
As pessoas não merecem minha companhia
Faço mal a elas e...
“O que ela bebia?”
Ah, champanhe!
Como estava linda naquela noite
Sorrindo para mim
Dançando abraçada comigo...
Mas... Acho que não foi este o fim.
Não acabou tudo assim
Ela me abandonou
Deixou-me sem um amigo
Mas, quer saber? Eu não ligo!

A vida é mais que uma mulher
É mais que o sorriso do ser amado
É a cada dia respirar livremente
É a cada dia...
“Levantar a cabeça e seguir em frente”
Ela dizia sempre...
Que não ligava para o que pensavam.
Ela simplesmente
Fazia as pessoas entenderem
Que era ela e não iria mudar...
Sorrindo ou chorando!
Nossa! Mas como seus olhos eram lindos!
Rindo eles brilhavam tanto...
E fazia seu rosto se iluminar...
Mas ela me deixou
Por alguém mais rico e poderoso
Alguém que nem o nome sei!
Alguém que não se lamenta
A um papel em branco...

domingo, 12 de agosto de 2007

Para Onde?

Para onde está indo o Brasil?
Está sendo soterrado pelos destroços de um acidente ou ofuscado pela própria beleza?
Para onde está indo o Brasil?

Onde está a felicidade do brasileiro?
Entre o mensalão e o caos aéreo ou no samba do baiano?
Onde está a felicidade do brasileiro?

Onde está a ordem do Brasil?
Na Câmara dos Deputados ou no gabinete do prefeito?
Onde está a ordem do Brasil?

Onde está o progresso do Brasil?
Na “auto-suficiência” em petróleo ou no Cristo Redentor?
Onde está o progresso do Brasil?

Para onde estamos indo?
Para um profundo abismo ou para uma grande montanha?
Para onde estamos indo?

Onde está a vergonha dos governantes?
Em algum lugar perdida no oceano ou nos rostos desconhecidos de alguns representantes?
Onde está a vergonha dos governantes?

Para onde está indo o Brasil?