apalavreado

adj.m. 1.aquele que não consegue descrever com palavras, 2. eu, 3. você, 4. os humanos em geral

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Surto.

S
u
r
t
o
!
AHH! Onomatopéia.
Apenas uma figura de linguagem.
Apenas palavras porcamente escritas.
Modernas?
Simbólicas, talvez...
Que perda de tempo...
Cadê ele?
Ih, perdi... Mas o que ele é mesmo?
Nós, homens, inventamos o tempo e ficamos tão irritados quando esse nos falta... Isso é justo? Não deveríamos controlar o que criamos?
Esse texto está virando o frankenstein.

quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Esperança

Já pararam para pensar? Pois pare.
Porque precisamos tanto de filmes e de músicas?
Para que precisamos sempre acreditar em algo mais para sermos felizes? Precisamos acreditar que a vida pode ter um final feliz... E porquê?
Espere. Agora simplesmente jogo a lança... O que ela alcançar ou não já é outra história

terça-feira, 28 de outubro de 2008

Dia-a-dia

Suspirou. Levantou. Respirou fundo.Ao menos dessa vez ela se lembrou de respirar.
Lavou o rosto e chorou. Nada do que fazia tinha muito sentido... Nada mais tinha sentido... Seu ego era grande demais para admitir que não estava bem... Respirou. Agora ela precisava se lembrar constantemente de respirar... Continuou lavando o rosto para que as lágrimas se confundissem com a água gelada que saia da torneira. Em frente ao espelho, ensaiou um sorriso e saiu.
Na rua, as pessoas a olhavam como se estivesse algo errado... Como elas sabiam? Será que elas sabiam?
Disfarçou: olhava para todos os lados, como sempre... Afobada, como se procurasse algo. Só encontrou o céu coberto de nuvens e um sol saindo detrás delas. Sentiu-se como se estivesse viva e caiu quando com a morte finalmente se conformou.
Dizem que foi uma bala dum revólver qualquer.

domingo, 26 de outubro de 2008

Over the rainbow

Sete cores. Sete pessoas. Eram exatamente sete pessoas que estavam naquela foto.
Uma oitava fotografou. Essa foi a primeira que desapareceu do grupo.
A segunda foi a do canto...
A terceira foi pra Suíça. A quarta e a quinta nunca se gostaram. E assim o grupo foi se desintegrando... Mas olhar para o rosto de cada uma dessas pessoas muda meu humor... Olhar pra oitava e pra segunda me deixa irritada... Quando olho pras outras abro meu maior sorriso e penso que tudo valeu a pena.
As coisas mudam.
E essa muda chama-se amizade e irá crescer até não caber mais em você

sábado, 25 de outubro de 2008

De como diferenciar o fim de um começo

Vocês já pararam para pensar que em redações e bla bla bla a introdução sempre se confunde com a conclusão? Principalmente se ela for ciclica... Parece que a gente anda anda e não sai do lugar... (quatro anos é tempo demais?)
Estou mais ou menos assim... Será que esse ponto final da minha vida é um ponto final? Ou apenas reticências?
Ao mesmo tempo tenho a sensação de que estou perdendo coisas muito valiosas e a sensação de que a minha vida começa agora. Que agora ficarei mais livre para cuidar de mim mesma. Mas mebate um pavor... Um medinho bobo de criança que não quer crescer...Que não quer perder o que tem agora...
E o que eu vou viver nessespróximos dias?
Será o fim?
Ou será o começo?
Eu só quero que seja uma continuação...

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

Não vou me adaptar

"Eu não caibo mais nas roupas que eu cabia
Eu não encho mais a casa de alegria
Os anos se passaram enquanto eu dormia
E quem eu queria bem me esquecia...
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar...
Eu não tenho mais a cara que eu tinha
No espelho essa cara já não é minha
Mas é que quando eu me toquei achei tão estranho
A minha barba estava desse tamanho...
Será que eu falei o que ninguém ouvia?
Será que eu escutei o que ninguém dizia?
Eu não vou me adaptar, me adaptar..."

quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Poema de criança

Ping
Ping
Ping
Pequenas gotas de chuvas
Ping
Ping
Ping
E elas caem no chão com tanta delicadeza
Ping
Ping
Ping
E elas molham meu cabelo
Ping
Ping
Ping
Mas elas quase não me molham
Ping
Ping
Ping
Mas elas fazem tanta diferença na minha vida
Ping
Ping
Ping
Que depois que a chuva pára
Eu fico querendo mais
Mais um ping
E ele não vem...
Porque eu não controlo a chuva
Mas parece tanto que ela me controla
Ping
Talvez seja a minha mente que esteja chovendo.
Trovão
E começa o temporal.
De idéias.

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Chiquitita

"Chiquitita, tell me what's wrong
You're enchained by your own sorrow
In your eyes there is no hope for tomorrow
How I hate to see you like this
There is no way you can deny it
I can see that you're also sad so quiet "

Pequenina, pequenina... E o tom do meu pensamento vai abaixando... Pequenina, pequenina... Mantenha a calma. Um dia tudo isso vai passar e sua dor de cabeça será apenas mais uma página virada. Mas esse capítulo está tão bonito... Bonito não, emocionate talvez seja a palavra. Nenhum pouco entediante... O que aconteceria se eu virasse a página agora? Você ainda falaria comigo, ainda olharia para mim do mesmo modo que hoje olha?
Posso sentir uma certa indecisão quando você me olha... Será que valeu mesmo ter me conhecido? Será que valeu ter te conhecido? E será que todos os momentos que passamos realmente valeram a pena?
Não posso mais afirmar tão categoricamente o que o ilustríssimo senhor Fernando Pessoa disse em uma mensagem qualquer... Nem tudo vale a pena... E começo a questionar se tudo isso vale...
Será que vale? Frio na barriga... Não quero que tudo acabe ao mesmo tempo anseio cada segundo para o fim do que parece ser uma tortura... Essa eterna indecisão. Mais ou mesmo do mesmo modo que você me olha...

quarta-feira, 15 de outubro de 2008

Futuro

Hoje eu acordei e fui até a sacada como de costume... Senti a brisa matinal e olhei para o sol que nascia... Não sei definir como me senti no momento... Talvez incerta seja a palavra...
Acho que é literalmente isso...
De qualquer forma, quando olhei o sol expulsando o céu que inexplicavelmente estava cinza eu compreendi o que algumas pessoas representam na minha vida...
Você é o sol que expulsa a melancolia de mim...
E eu (tento) ser seu céu e proteger você de toda a chuva que cai.
E é com metáforas bobas e sem sentido que faço a minha vida.

terça-feira, 14 de outubro de 2008

Saudade

Faz tempo que não faço um poema decente... Aliás, faz tempo que não faço poemas... Interessante não?
Sabe... Saudade é um tema batido, mas muito interessante...
Principalmente nesso momento...
Ok, depois de um "essa é a sua vida" básico, vamos ao texto:

Saudade...
Dizem que é a idade
Saudade

Já acordou em um dia
Olhou pro relógio e tentou fazer o tempo voltar?
Dizem que isso é saudade.

As bolinhas no chão
Que machucam a mão
Marcarammeu coração.

Saudade...
Existe saudade por antecipação
Já ouvi dizer que sim e que não.

Dizem que a dor
Que hoje sinto
Vai acabar formando bolor

Saudade...
Já me disseram:
é a idade!

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

Literal

Que maçada!
Uma flor nasceu na rua
E o príncipe desabrochou.
E sabe o que aprendemos com tudo isso?
Não sei.
Só sei que foi assim.

domingo, 12 de outubro de 2008

Brincadeira

Maninha
Mainha
Manilha
Malhinha
Rainha
Palhinha
Marília
de Dirceu
Estraga a alegria
Farinha
Balhinha
Sabia
Menininha
Galinha
... Tadinha!
Adia
Judia
Faria
Fazia
Azia
Caxias
duque
Vazias
Tardias
Ardia
Perdia
.....
Perdi.


by Bianca e Paula

Música

Estava deitado naquela cama fria, olhando para o teto e escutando uma música qualquer em uma estação qualquer. Definia sua vida como uma música desconhecida tocada em uma rádio igualmente desconhecida.
A enfermeira entrou, fez uma série de exames e logo saiu. Ele se perguntou se ela ao menos sabia seu nome depois de tanto tempo. Apostou consigo mesmo que não
Ele costumava viver como uma pessoa ansiosa por mudar a estação de rádio que tocava. Nunca estava satisfeito com sua vida, queria sempre pular aquela estação.
Foi em um dia chuvoso que descobriu que estava doente. Os médicos não sabiam o que era e por isso, ele deveria ficar no hospital.
Não tinha mais família e os poucos amigos que fazia eram perdidos nas bruscas mudanças de sua vida. Foi a partir dessa doença que o rádio entrou em sua vida. Não gostava de ler e o hospital não tinha recursos suficientes para comprar uma televisão. O aparelhinho estava sempre ligado. Inclusive nas raras vezes em que conseguia dormir.
Suas costas doíam quando o jornal começou. O noticiário tornara-se o único contato com o mundo exterior ao hospital. Assassinatos e assaltos e trânsito. Sempre as mesmas notícias antigas. Faltava-lhe coragem para desligar o rádio e por isso, mudou a estação.
Dias passavam e ele continuava a mudar de estação. A enfermeira chamou-o pelo nome para que pudesse trocar a roupa de cama e ele se assustou. A moça então começou a conversar com ele enquanto o ajudava a levantar. Perguntou se gostava da rádio que então tocava e ele não soube responder. Talvez tivesse esquecido como se fala.
A enfermeira contou-lhe, com lágrimas nos olhos, que quando era criança sua mãe só ouvia aquela rádio e, ao ouvir isso, ele caminhou até a rádio para mudar de estação. Ela o impediu dizendo que era a sua favorita e que a ajudava a superar muitas coisas, pois sentia sua mãe por perto. Ele a encarou por alguns minutos sem entender.
Ela sorriu quando terminou de arrumar a cama e o deixou com seus pensamentos. Como podia sofrer e mesmo assim, ficar feliz com isso? No dia seguinte perguntou isso a ela e obteve uma resposta que nunca esperaria ouvir. Escutou ela dizer que o sofrimento é necessário para uma vida plena e feliz e que a superação do mesmo só traz mais felicidade.
Ele entendeu que deveria ter vivido sua vida como ele mesmo e não através de tantas máscaras e sorriu para ela. A enfermeira, feliz, foi encontrar o médico e deu a notícia: o paciente estava curado, aprendeu a ser feliz com ele mesmo.

sábado, 11 de outubro de 2008

Ironia

Porque o meu terceiro é do tamanho de 10 salas
Mas o meu terceiro não enche uma delas
Porque o meu terceiro é formado apenas por vocês
Mas ele não é o meu terceiro
Porque meu é possessivo
E o terceiro é simbolo de união

quarta-feira, 8 de outubro de 2008

Diz respeito

E com um palavrão foi embora.

segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Good Morning!

O tempo estava nublado e chuvoso... Triste, talvez... Mas exatamente do modo que gostava.
Sentiu vontade de cantar e dançar na chuva, por mais clichê que pudesse parecer àqueles transeuntes que teimam em qualificar tudo o que vêem...
Àqueles transeuntes que pensam que a vida é uma mera repetição de cultura. O que sua cultura permite que você saiba, você faz ligações e o que acha que não tem ligação com nada, tem, você apenas não sabe.
Essas costumam ser as mesmas pessoas que acham que sua vida daria um bom filme, um bom seriado ou que ela deveria ter trilha sonora. Nada que um mp3 atualmente não resolva...
Namorados podem ter duas "músicas deles", já que no momento que as bocas dos amantes se uniram cada um ouvia uma músicadiferente em seu Ipod.
E quando ela percebeu que as pessoas a olhavam parou de dançar na chuva e, vermelha, imitou as pessoas que encontrava no meio do caminho. E assim, fez com que todos dessem risada.
Sendo uma pessoa mais completa por isso.

sábado, 4 de outubro de 2008

Pouco barulho por muito...

Sério... As pessoas simplesmente me cansam... É muita falsidade e pra que?
"Para uma convivência melhor", diz meu coração... Ah, é! Como se órgãos falassem... Eles no máximo tocam músicas quando alguém os guia... Um pouco de algo que é indefinível: romantismo ou realismo? Fica à gosto do freguês.
É... Eu acho que prefiro viver rodeadas de pessoas que me odeiam do que de pessoas que fingem me adorar... Ou então, aquelas que quando eu viro as costas sacam a faca... Só que elas esquecem que eu praticamente tenho olhos na nuca... Não sei o porquê, mas sou capaz de perceber muita coisa... Acho que por isso as pessoas raramente conseguem me assustar... (sim, assistir filme de terror comigo é muito não cômico)
Sabe o que mais me irrita? Eu não faço nada! Eu deixo as coisas rolarem... Se alguém é falso comigo eu simplesmente deixo a pessoa ser... E sabe o que ainda é pior que isso? Eu me importo com o bem-estar dessa pessoa... Eu juro que quando entrei no colegial pensei que isso fosse acabar, porque meu ginásio foi todo assim... De correr e quebrar a cara pelas pessoas... E acabou? Claro que não...
E pior... Estou começando a odiar a minha máscara... Não que algum dia tivesse gostado muito dela... Mas nunca cheguei ao ponto em que estou... Estou perdida dentro da minha própria personagem... Quem sou eu? Essa pergunta nunca foi tão difícil de responder... Acho que não deveria ter criado essa personagem... Mas ser eu mesma é tão complicado... Temo quebrar a cara mais uma vez para a coleção... A diferença é que se eu for eu mesma eu quebro a minha cara e não mais uma máscara...
Eu quero surtar e falar algumas verdades para algumas pessoas... Pergunta se eu consigo... É claro que não... Não sei as verdades...
De alguém que não sabe quem é.

sexta-feira, 3 de outubro de 2008

Get OUT

[R]ubro...
Tudo menos ubre...

Peguem a bagagem que guardei naquela garagem que chamou de meu coração.
Tenham coragem, não fiquem corados, apenas ajam!
Outubro infértil... Cadê a primavera?
Já era.

quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Isolamento

Iso: igual
Lamento: clamor, queixa, pranto, choro

Ela estava sentada em seu canto e mantinha a cabeça abaixada. A tristeza que sentia poderia ser definida por qualquer um que conseguisse olhar em seus olhos.
D'outro lado do mundo (ou da sala que era então seu mundo), ele compartilhava de igual melancolia.
A barreira entre os dois foi chamada de isolamento.